Higienopolitanos:
Posto artigo encaminhado ao Jornal do Comércio pela Beth, a abordagem é bastante pertinente ao momento atual e a falta de visão de alguns, ou excesso sei lá, mas que levam a refletir sobre que cidade queremos para o futuro, obrigado a nossa colaboradora e orgulhosa "professora aposentada", que no meu entender está mais na ativa do que nunca!
José Henrique
Cidades para a Vida!
O Leitor Reinaldo B. Leiria ( Palavra do leitor - JC do dia 27/06/07) certamente não leu o artigo publicado neste jornal ,intitulado: "Cidades Para a Vida" do professor, engenheiro civil e agrônomo da UFRGS- Miguel Aloysio Sattler. (Jornal do Comércio de 09/05/07 pg. 4) . Transcrevo alguns trechos que retratam a realidade.
"...Mantidas as diretrizes do atual Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre, possibilitando prédios de até 52 m de altura, podemos antever um aprofundamento da degradação da qualidade de vida oferecida por diversos bairros, hoje considerados referenciais. Tal densificação certamente implicará em um aumento nos níveis de poluição aérea; na perda de acesso solar e de privacidade; na obstrução de brisas que trazem ar fresco e puro dos arredores para o interior da cidade; no aumento do tráfego de automóveis, até a saturação da capacidade de suporte das vias, acompanhado de congestionamentos crescentes e diminuição na segurança de pedestres e ciclistas; na ampliação das obras de infra-estrutura para condução das águas pluviais e cloacais e na diminuição dos índices de área verde por habitante, entre outros impactos.
Na falta de estratégias para, de pronto e de forma sistêmica, qualificar o ambiente urbano entendemos que o mais racional seria declarar vários dos bairros, hoje referenciais de qualidade de vida e infra-estrutura, em seu todo, como áreas especiaisde interesse cultural e ambiental, por sua condição de remanescentes de modelos de bairros saudáveis e para que não tivéssemos, no futuro, que investir na sua revitalização ou regeneração. Com eles preservados e servindo de referenciais, teríamos como orientar ações no sentido da reparação e implantação de inúmeros outros bairros. Poderíamos aspirar ter uma cidade verdadeiramente policêntrica, com um número crescente de bairros vibrantes, cheios de vida e estimulando a Vida! Com cada centro se qualificando ambientalmente e buscando, tanto quanto possível, a sua auto-sustentabilidade."
Na contra-mão da tendência mundial em preservar o Meio Ambiente, deparo-me com a visão simplista do engenheiro Reinaldo (Palavra do Leitor de 27/06/07) que exalta as vantagens de se construir edifícios cada vez mais altos e então estaremos nos equiparando a São Paulo, o melhor exemplo de caos urbano. Em nenhum momento ele refere-se à importância da preservação das áreas verdes, da memória dos bairros e da qualidade de vida dos seus habitantes. Afirmar que, a construção de imensas muralhas de concreto permitidas no atual Plano Diretor, é uma forma democrática de uso do solo e infra-estrutura, é uma falácia! Na minha rua de somente uma quadra pequena, têm vários edifícios com vários apartamentos à Venda ( um deles, de 11 andares , inteiramente à venda).
Os empreendedores querem o caminho livre para maximizarem os seus rendimentos, apoiados que estão no atual Plano Diretor. Se o Estado quer deixar tudo por conta do mercado também vai ter que definir quem vai ressarcir os danos e prejuízos que tais medidas permissivas ( atual PDDUA) vêm causando aos moradores destes bairros.
Elisabeth Karam Guimarães
professora aposentada
email: bethkaram@globo.com
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2 comentários:
Sinto que Porto Alegre esta cada vez mais entregue ao verdadeiro Deus nos acuda onde estamos fadados ao salve-se quem puder.
Incrivel hoje o poder do dinheiro nao respeita limites leis ou interesses das pessoas.
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